Após quase dois anos do seu lançamento, enfim, o documentário está disponível na internet.
Direção, produção e roteiro: Neylon Jacob
Edição e produção: Edivaldo Alves
ORIGEM DA ROMARIA DE SENHORA SANT’ANA
Segundo a lenda contada pelos nossos antepassados, a imagem de Senhora Sant’Ana veio na comitiva dos Bandeirantes, de uma broaca (mala de couro) e, quando dita comitiva chegou naquele local, hoje “Capela do Rio do Peixe”, município de Pirenópolis – Goiás, pediu pousada. Foi acolhida por um certo casal que passou a perceber uma atenção especial dos integrantes da comitiva com aquela mala. À noite, quando todos dormiam, a mulher, dona da casa, abriu tal mala e deparou com a imagem de Sant’Ana, e encantada com sua beleza retirou-a de dentro da mala de couro, onde colocou pedras na proporção do peso da imagem. No dia seguinte a comitiva seguiu viagem e muitos dias depois os integrantes da mesma notaram algo diferente, pois as araras e pequenas aves que acompanhavam a imagem, desde seu ponto de partida na Bahia, não os estavam seguindo mais. Foram verificar a mala e perceberam que haviam roubado a imagem. Então voltaram para procurá-la imediatamente. Porém, pelo fato de terem feito várias paradas em muitos lugares, não conseguiram mais encontrá-la. Desde então ela ficou em definitivo naquele local. As aves também se alojaram pelas matas da região, daí a denominação “Araras de Senhora Sant’Ana”. A partir daí começou a veneração a Santa pelos moradores da região, que construíram uma pequena capela que ficava ao lado direito da atual. Posteriormente, esta primeira capela foi destruída pelo fogo.Mais tarde as famílias Camargo, Gonçalves e outras mais, construíram uma parte da atual igreja com um pequeno altar. Foi aí que o Sr. Josué Pereira da Veiga, que também era habitante da região, deu inicio à romaria de Sant’Ana. Em regime de mutirão construiu a estrada utilizando enxadas e picaretas, aumentou a igreja e determinou que todos os anos do dia 24 a 28 de julho os moradores da região se reunissem ali para festejar a Santa. Pelo fato de ser o idealizador dos festejos o Sr. Josué foi o primeiro festeiro da romaria, título que ostentou pelos três anos seguintes. Após isto, ele colocou o seu compadre Josafá de Siqueira como festeiro e depois o seu amigo Hermano da Conceição.Com o passar dos anos foram adquirindo benefícios para a igreja, e em determinada época o Sr. Josué comprou do Senhor Christóvam de Oliveira os móveis usados da antiga igreja Nossa Senhora do Rosário de Pirenópolis como: mesa, oratório, bancos, andor, sino, etc. E foi assim que, segundo a lenda, surgiu a romaria de Sant’Ana, que todos os anos atrai multidões para a Capela do Rio do Peixe.Anos depois a imagem e quase todos os pertences da igreja foram roubados, e assim, do mesmo modo que a imagem chegou, foi embora. Veio simplesmente para nos alegrar e trazer muitas bênçãos para a região.Isto é apenas uma lenda contada pelo Sr. Josué Pereira da Veiga, fundador da romaria de Sant’Ana e um devoto “assíduo”. Apesar de muito pesquisado, não foi encontrado nada de oficial, por isso, o único objetivo é passar para as futuras gerações a devoção à Senhora Sant’Ana.
Esta matéria foi publicada terça-feira, 19 de Junho de 2007, no sítio: http://conectividadepress.blogspot.com/2007/06/documentrio-origem-da-romaria-de.html